quarta-feira, 1 de junho de 2011
Usina de Belo Monte:Governo Dilma dispara contra o Rio Xingu
No crime de Belo Monte
Lula puxou o gatilho
Do Xingu tira seu brilho
Veneno joga na fonte
Ofuscando o horizonte.
Um presente para empresa
Que mata a natureza
E povos dessa floresta
Pancada leva na testa
Bioma não tem defesa.
Não bastasse o São Francisco
Com sua transposição.
Exercito de arma em mão
Impondo a força o confisco
O rio caindo em risco
E vida de pescadores
Sem peixe, água, e com dores
Florestas sendo alugadas
Por gringos são devastadas
Os seus fies predadores.
Os índios do rio Xingu
Perderão pesca e a caça
Vão jogados à desgraça.
Não come mais o pitu
Também não tem o tatu
Ficando sem o alimento
É pleno seu sofrimento.
Moradores da floresta
Que não cala, mas contesta
Tem força seu argumento.
Se construir a usina
O rio vai perder vazão
Ribeirinho fica na mão
A tribo de índio afina
É fim d’água cristalina
O peixe nada pra a morte
Fauna, flora sofre corte
E o nosso pulmão do mundo
Sumirá em um segundo
E a mata fica sem norte.
A força de um leilão
Governo é truculento
Fazendo engajamento
Com a classe do patrão
Fez conchavo e união
Mas sempre Lula dizia
"Que isso nunca faria".
Apertando foi o IBAMA
Desse órgão fez a cama
Investe em Norte Energia.
Consórcio que é vencedor
Arrebata no pregão
Promete fim do apagão
Com governo torcedor
Dele é financiador
Passou por cima de lei
Atua só com sua grei
Aniquila o rio Xingu
Diz que tudo é um tabu
Impondo como um rei.
No Estado do Pará
Terceira maior do mundo
Deixando rio moribundo
O Belo Monte até lá
Lucrar vai ser bê-á-bá
Enriquecendo os patrões
Empapando seus bilhões
E na mata o habitante
Tenta fazer o levante
Vão quebrando seus grilhões.
A construção da usina
Sabemos do resultado
Ave, planta, índio afogado
De Tucurui, Balbina
Cidades caem na ruína
A índia Kaiapó Tuira
Em seu momento de ira
Com facão quase dá corte
Em chefe da Eletronorte
Na cidade de Altamira.
A luta já é antiga
Contra essa construção
Kararaô é contramão
E que obra é inimiga
Faz estrago e muita intriga
Usina de Belo Monte
Não é construir a ponte
Entre a mata e a cidade.
Ao contrário, é falsidade
Pra floresta é desmonte.
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