domingo, 25 de novembro de 2012

A Caravana do Cordel e Moraes Moreira

PROGRAMAÇÃO

IV ANIVERSÁRIO DA CARAVANA DO CORDEL E I SALÃO DO CORDEL
DATA: 06 07 e 08 de Dezembro/2012
Local: Biblioteca do Memorial da América Latina/SP

Quinta feira 06/12/12

Abertura – As 19:00h.-Show em Homenagem a Gonzagão
João Gomes de Sá
Luiz Wilson
Márcio Dedéu
Zé da Lua – (Bloco do Baião)
Lançamento do livro Vida e obra de Gonzagão de Cacá Lopes
Chico Salles

Sexta Feira 07/12/2012
01 – O Universo do Cordel na Literatura Infanto Juvenil.
10h. Fábio Sombra
Mediador Varneci Nascimento

02 – Ilustração no Cordel: da capa cega à policromia.
14h. Marco Haurélio
15:30h. Lançamento do livro A Cartomante de Antônio Barreto
Mediador Moreira de Acopiara

19:00h. Sarau aberto com as presenças de Costa Senna, Nando Poeta, João Gomes de Sá Moreira de Acopiara, Cleusa Santo entre outros.

Sábado 08/12/2012
Cordel & Cinema.
10h. Aderaldo Luciano
Mediador Nando Poeta

15:00h. Lançamento coletivo
16:00h. Homenagem (Apresentação Aldy Carvalho e Cleusa Santo)
17:00h. Grupo de Teatro Máscaras de Guaranésia – Minas Gerais
18:00h. Sarau (Coordenação Moreira de Acopiara)

Nomes que participarão do sarau:

Cacá Lopes, Aldy Carvalho, Eufra Modesto, Cleusa Santo, Benedita Dellazari, Josué Gonçalves, Luiz Wilson, Pedro Monteiro, Nando Poeta, João Gomes de Sá,Paulo Araújo,Suely Valeriano,Francis Osmar,Zé Walter,Geraldo Maia,Rousi Gonçalves,Costa Senna,Bosco Maciel,Jocélio Amaro e demais  poetas presentes.

20:00h. Grande Show de Encerramento com Moraes Moreira com o Show Moraes Pé de Serra.







Nos dias 6,7 e 8 de Dezembro a partir das 10h, o Memorial da América Latina de São Paulo será o palco de diversas atrações. O Movimento Caravana do Cordel, comemora seu 4˚ aniversário em grande estilo.
Durante os três dias haverá o Salão de exposição com feira de cordel, xilogravura, sarau literomusical e palestras, também contarão com a presença de cordelistas de toda parte do país. O evento se encerra no dia 8 com o show de Moraes Moreira às 20h. A caravana convida todos e todas para comemorarem juntos o seu 4˚ aniversario com muita poesia e cultura.

Cordelistas,xilógrafo,músicos e pesquisadores que já confirmaram a participação no IV Aniversário da Caravana do Cordel:

Chico Salles ,Cristiane Ferreira, Denise Sampaio, Filipe Santos, João Batista de Assis Neto, João Gomes de Sá, Lucineide Vieira ,Josué Gonçalves,Oliveira do Cordel, Suely Valeriano ,Cacá Lopes ,Nando Poeta ,Varneci Nascimento, Luiz Wilson, Marco Haurélio,Pedro Monteiro,Moreira de Acopiara,Abaeté do Cordel,Rousi Gonçalves,Geraldo Maia,Cleuza Santos,Aderaldo Luciano,Fábio Sombra,Gerson Lopes, Zé da Lua,Bloco do Baião, Zé Walter,Francis Osmar,Maria Cecilia, Aldy Carvalho,Eufra Modesto,Benedita Delazarri,Jocélio Amaro
...

Não fique de fora dessa Caravana! Confirme sua participação!




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Cordel sobre o ACE dente


Por Nando Poeta

Chamo atenção de você
Trabalhador do país:
Seus direitos trabalhistas
Estão quase por um triz
E os falsos sindicatos
Sem nenhuma diretriz.

Vieram muitos ataques
De governo e patronal
Que esmagando os direitos
Faz crescer o capital
E massacrou o trabalho
Da maneira mais fatal.

Do direito conquistado
Se exige preservação.
Lutamos para mantê-los
Deles não abrimos mão
Os sindicatos que entregam
Cometem uma traição.

No mundo os povos reagem
A esse ataque tão forte
De flexibilizar
Fazendo um profundo corte
É sangrar a última gota
Esgotando-o até a morte.

É a precarização
Rondando solta no mundo
Mantendo os lucros no alto
No seu ataque profundo
Retrocedendo as conquistas
Que sumirão em segundo.

No Brasil os sindicatos
É parte de toda história
Na frente das grandes lutas
Já nos encheram de glória
Derramaram o próprio sangue,
Ficaram em nossa memória.

Os patrões pra desviarem
A luta do sindicato
Cooptaram diretores
Que ao governo ficou grato.
A entidade sem luta
Trilhou num caminho pacato.

Sempre foi objetivo
Do governo de plantão
Mexer em nossos direitos
Tirar da legislação
O que havia conquistado
Para agradar ao patrão.

Durante o longo do tempo
O governo tem insistido
Em reformas trabalhistas
E assim tem agredido.
Roubando o fruto das lutas
Duramente garantido.

O FHC tentou
Valer o negociado
Passando como um trator
Por cima do legislado
Favorecendo as empresas
Com macabro resultado.

Também o Lula embarcou
Na reforma sindical
Abrindo a brecha na lei
Com ajuda federal
Pra dar lucro aos dominantes
De uma forma colossal.

O Lula se esbarrou
Com o tal do mensalão
Que na época detonou
A sua grande intenção
De fazer sua reforma
Para salvar o patrão.

Contra essas tentativas
Levantou-se o movimento.
Tanto FHC e Lula
Recuou desse tormento.
Foram lutas, muitas marchas
Contra o descabimento.

Agora voltou a tona
A reforma trabalhista
O sindicato da CUT
Com seu perfil entreguista
Fez o projeto do ACE
Um plano de vigarista.

Certo dia em Brasília
A cúpula se reuniu
Do ABC, o sindicato
Com a Dilma se uniu
Pactuou com o governo,
Nosso direito ruiu.

O ACE é uma bomba,
Vai explodir num minuto
Direitos subtraídos
Como se fosse mau fruto.
A marca desse projeto
É ser mal absoluto.

É um ataque ferino
Do governo federal
Impondo esse mau acordo
Coletivo especial
Que retira os direitos
A mando da patronal.

O ACE é a negação
Dos direitos trabalhistas
É a voz da patronal
Destruindo as conquistas
Onde empresários se juntam
Com falsos sindicalistas.

O ACE fez a promessa
Que trará modernidade
Dinamiza economia
Consumo na liberdade
Emprego pra todo mundo
Tudo a maior falsidade.

Dirigentes do ABC
Nesse meio é pioneiro
Em acordos tripartites
Na mesa foi o primeiro
Acertando com patrões
Esse acordo desordeiro.

No ano noventa e dois
Metalúrgicos do ABC
Através do sindicato
Pôs o direito a vender
Nas Câmaras Setoriais
Ao patrão foi se render.

O direito de emprego
Entregou-se de bandeja
Deixou o trabalhador
Sem nem ter uma cereja
E na falta de trabalho
Vive na forte peleja.

Esse projeto de lei
É uma pura armadilha
O governo vende o peixe
Dizendo ser maravilha
E o sindicato é anzol
Caindo nessa partilha.

Fiquem atento as ameaças
Nesse projeto contido
Pois a CUT e o Governo
Nem um pouco arrependido
Se somou ao empresário
Seu amigo preferido.

Os trintas dias de férias
Querem deixar fatiado
Em três vezes ou além
O gozo bem parcelado
E a jornada de trabalho
Crescendo pra todo lado.

Se reduz a hora extra
Com o seu valor igual
De uma remuneração
Dessa jornada normal
Parcela o décimo terceiro
Ao pagamento mensal.

Àquela hora de almoço
Não será obrigação
Ficará sempre a critério
De uma negociação
Deixando bem vulnerável
A pressão de um patrão.

A jornada de trabalho
Querem fazer intervalo
Trabalhando quatro horas
Suspende três no estalo
Voltando para mais quatro
O dia terá abalo.

O ACE poderá ser
Um canal de abertura
Que levará o direito
Pra rua da amargura
O ACE é um acidente
De grande envergadura.

Para manter o direito
Temos que ganhar a rua.
Unificar nossas lutas
Contra toda falcatrua.
Se não reagir agora
Esse ataque se acentua.

Venha engrossar a luta
Trazendo o trabalhador
O estudante, o sem-terra
Revelando o seu valor
Desempregado, o sem-teto
Contra o ACE esmagador.

Vamos juntar nosso bloco
Fortalecendo a luta
Unir o trabalhador
Para fazer a disputa
Desmantelando esse ACE
Com a força de quem labuta.