sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cordel Bullying: uma tortura social



O Cordel Bullying: uma tortura social


De ponta a ponta no mundo
Chove o conflito e a guerra.
A ira, o ódio, o massacre
Irrigam, com sangue, a terra
E a quem se devia amar
Em tanta briga se enterra.

O homem, pela ganância,
Escraviza, prende e mata.
Explora o suor alheio,
Espanca, suga e maltrata,
Querendo que a riqueza
Seja só do magnata.

A onda de preconceito,
Que traz no berço o racismo,
Faz girar por todo o mundo
O mal do xenofobismo,
Espalha a homofobia
E dissemina o machismo.

Esses males sociais
Cruéis, avassaladores,
Pulam o muro da escola
Com seus grilhões opressores.
Fomentam o bullying, criando
Efeitos arrasadores.

Por meio deste cordel
Chamamos sua atenção
Para debater o bullying,
Um violento vilão,
Cujas feridas abertas
São as lavas de um vulcão.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

CORDEL:O CAOS NA SAÚDE PÚBLICA



O CAOS NA SAÚDE PÚBLICA
Por Nando Poeta

Deveria ser normal
Se ter direito a saúde.
E toda a sociedade
Na sua magnitude.
Pudesse com igualdade
Alcançar a plenitude.

Mas a viril crueldade
Dos homens desse sistema.
Explora e segue esmagando
Causando grande problema.
Exclui o direito a vida
Com desigualdade extrema.

Na saúde elitizada
Se cura quem tem dinheiro.
Quem não tem as condições
Doença espalha ligeiro.
O rico com mais recursos
Se manda pro estrangeiro.

O pobre sujeito a tudo
Se trata em hospital.
Lotado, sem funcionários
Sem leito, passando mal.
Agrava a enfermidade
Chega a fase terminal.

A saúde no país
Vive num fogo cruzado.
Com a falta de recursos
Pra piorar, o Estado.
Quer doar o setor público
Ao rico setor privado.

O SUS quando veio a vida
Já trouxe muitos defeitos.
Não foi totalmente público
Com privado faz seus pleitos.
Recursos mal definidos
Que limitam os direitos.

O SUS não foi muito claro
Desde o seu nascimento.
Muito pouco destinou-se
Quanto ao financiamento.
Reservaram mixaria
Das verbas do orçamento.

Sempre muito ameaçado
Em cima da corda bamba.
Sujeito as traquinagens
A verba veloz descamba.
Termina tudo na pizza
Em nosso país do samba.

O SUS - o Sistema Único
De Saúde no Brasil.
Foi uma grande conquista
Nas lutas teve o perfil.
De um direito de todos
Contra um Estado hostil.

Hoje está definhando
Pouco a pouco destruído.
Os recursos da nação
Pelo poder corrompido.
Todo o financiamento
Pelo burguês engolido.

A saúde no Brasil
De cama, muito doente.
Na UTI internada
Num leito bem decadente.
Está em coma gravíssimo
Desse sistema carente.

Na vida hospitalar
Ausência de quase tudo.
Da gaze ao simples remédio
Do grosso ao mais miúdo.
Infecções de doenças
Pra defender falta escudo.

Não se tem equipamento
De higiene e segurança.
Deixa o funcionário
Na total insegurança.
A situação precária
Se leva a fazer lambança.

Os leitos hospitalares
Já estão superlotados.
Improvisam em corredores
Doentes amontoados.
Como se fossem produtos
Que não serão mais usados.

A saúde quer socorro
Denuncia o usuário.
A falta de esparadrapo
Já é costume diário.
A luva sumiu das mãos
Ver-se no noticiário.

O caos na saúde pública
Leva o sucateamento.
Usuário peregrina
Atrás do atendimento.
Enfrentando grandes filas
Piorando o sofrimento.

A condição de trabalho
É geralmente precária.
Serviço terceirizado
Gorjeta embrionária.
Contratação flexível
Uma longa carga horária.

E nessa situação
É imensa a gravidade.
Entra e sai os governos
Só fazem calamidade.
Prometem mundos e fundos
Mas é tudo falsidade.

As fundações estatais
É de direito privado.
O “OS” dos tucanos
O PT tem copiado.
Por isso querem vender
A saúde do Estado.

Não podemos encarar
Como uma mercadoria
Por ser a saúde pública
Da vida a primeira guia
Portanto privatizá-la
É grande patifaria.

O direito à saúde
Deve ser universal.
Um claro dever do Estado
E demais essencial.
A negação desse acesso
Se torna um crime letal.

Saúde sendo estatal
Gratuita e de qualidade.
Deve-se mudar os rumos
Dessa precariedade.
E para um SUS social
Contra a lucratividade.

O acesso universal
A todo medicamento.
Que o direito ao aborto
Tenha o seu tratamento.
E a quebra de patente
Seja sempre seu intento.

Do PIB o mínimo queremos
Seis por cento do total.
Para a saúde tornar-se
Saudável, sem nenhum mal.
Sendo um principio básico
De um direito social.

Que se faça investimento
Maciço na prevenção.
Um ponto fundamental
Em qualquer educação.
De se combater doenças
Com muita antecipação.

Para conquistar um SUS
Cem por cento estatal.
Precisa os trabalhadores
Usuários no geral
Organizar-se e lutarem
Pela saúde ideal.

De qualidade e pra todos
Com acesso a todo mundo
Que todo o atendimento
Seja feito num segundo.
Tirando a saúde pública
Desse coma tão profundo.

Sabemos que um sistema
De saúde democrático
Não pode ser garantido
Pelo um poder tão apático.
Por isso mobilizar
É ponto bem programático.

É possível exigir
Mais verba para a saúde,
Que com o dinheiro público
Se tenha logo atitude
De investir o necessário
Pra que o sistema mude.

Você tenha a consciência
Que na vida uma conquista.
É fruto de muita luta
Onde o povo é avalista.
Para o sonho se tornar
A realidade a vista.

Nosso Grupo de Trabalho(GT)
Aceitou o desafio
De organizar a luta
Pelo um SUS de maior brio
Pra que a saúde pública
Não fique só pelo um fio.

A CSP-CONLUTAS
Assumiu o compromisso.
De lutar pela saúde
Contra um governo omisso.
Construindo a resistência
Contra o poder submisso.