Manifesto dos Poetas, Cantadores,
Cordelistas e demais artistas
Os sindicatos sugiram
Pra da luta ser trincheira
E em defesa dos direitos
Levantar alto a bandeira
Dando um basta a exploração
E a fome pôr na lixeira.
Hoje ainda a maior parte dos sindicatos cumpre o seu papel de impulsionar a luta por preservar e ampliar os direitos da classe trabalhadora.
No Brasil, é vital aprofundarmos nossa organização principalmente na área da cultura, já que ocupa o último lugar na fila de destinação de verbas. Para comprovar, é só perceber que, em 2011, o Governo Federal reservou ao setor minguados 0,04% do Orçamento Geral da União, enquanto destinou 45,05% para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública.
Queremos que no país
Deixe de ser letra morta
E que o direito a cultura
Germine em nossa horta
Que exijamos do governo
Que abra ligeiro, a porta.
Na realidade, lutar com a forma de organização que escolhermos é urgente para que o artigo 215 da Constituição Brasileira de 1988 seja cumprido. Ele afirma: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
Portanto, construir uma organização dos poetas para impulsionar a luta pelo reconhecimento da categoria como também para definir políticas públicas para o setor da cultura é muito importante. No entanto, a forma como esse processo foi iniciado não nos parece adequada, entendemos ser, na verdade, um caminho minado.
Os poetas no Brasil
Lá pelos anos cinquenta
Tentaram organizar
Pra luta, uma ferramenta.
Que pudesse proteger
O Menestrel da tormenta.
Foi o poeta Rodolfo Coelho Cavalcanti que procurou impulsionar a nossa organização, só que também escolheu um caminho perigoso para qualquer segmento que quer construir uma organização trabalhista, ou seja, permitiu a intervenção governamental no processo.
Atualmente procuram-se trilhar o mesmo caminho, pois foi com a tutela governamental tanto política quanto financeira que o II encontro foi realizado em Brasília nos dias 13,14 15 de fevereiro do corrente ano.
O critério de escolher apenas 40 poetas para participar desse encontro a nosso ver foi uma limitação.
A fundação de qualquer tipo de organização deve ter o envolvimento de sua base.
A convocação de um Congresso com ampla presença da Base é um caminho para o fortalecimento de um movimento.
E que seus participantes sejam eleitos em reuniões em suas cidades para realmente representar os segmentos de nossa categoria, possibilitando um amplo debate democrático, que possa definir a melhor forma de organizarmos um verdadeiro movimento nacional.
Por tudo isso, nós, que subscrevemos esse manifesto, reivindicamos a construção de um processo amplo e democrático, independente política e financeiramente das interferências governamentais.
Os poetas que assinam
Com vigor o manifesto
Pedindo a democracia
Que nesse ato modesto
Fomente um processo aberto
Ouvindo o nosso protesto.
Assinam:
Rio Grande do Norte
Natal-RN
Rosa Regis – Presidente da Academia Norteriograndense de Literatura de Cordel –(ANLIC)
Zé Martins – Presidente da Academia Metropolitana de Cordel – Grande Natal-
Sebastião Bezerra – Vice Presidente da Sociedade dos Poetas Vivos - SPVA
Abaeté do Cordel – Cordelista
Paulo Varela – Cordelista, Membro da Academia do RN.
Eric Lima – Xilógrafo
Hélio Gomes - Cordelista
Manoel Cavalcante – Cordelista
Rariosvaldo de Oliveira – Cordelista
Antonia Mota – Cordelista
Antonio Costa – Cordelista
Lucila de Noronha – Cordelista
Juarez Araújo – Cordelista
Manoel Silva – Cordelisa
Parnamirim-RN
José Acaci - Cordelista
Macaica-RN
Cláudia Borges - Cordelista
Nova Cruz-RN
Gustavo José Barbosa – Cordelista
Antonio Barbosa – Cordelista
Currais Novos
Henrique José da Silva – Cordelista
Claudson Faustino – Cordelista
Iara Maria Carvalho – Poetisa
Elina Carvalho – Poetisa
Luma Carvalho – Poetisa
Wescley Gama – Poeta
Paula Érica Batista
Pará
Belem
João Castro – Presidente da União dos Escritores da Amazônia-UEMA
Cláudio Cardoso – Cordelista
Paraíba
João Pessoa-PB
Medeiros Braga – Cordelista – João Pessoa-PB
Rio de Janeiro-RJ
Aderaldo
Luciano- Pesquisador e poeta.
São Paulo
Caieras-SP
Valdri R. Oliveira – Cordelista – Caieras-SP
São José dos Campus-SP
Paulo Roxo Barja - Cordelista
São Paulo-SP
Josué Gonçalves de Araújo – Cordelista(membro da Caravana do Cordel)
Nando Poeta - Cordelista(membro da Caravana do Cordel)
Caieras-SP
Valdri R. Oliveira – Cordelista – Caieras-SP
São José dos Campus-SP
Paulo Roxo Barja - Cordelista
São Paulo-SP
Josué Gonçalves de Araújo – Cordelista(membro da Caravana do Cordel)
Nando Poeta - Cordelista(membro da Caravana do Cordel)
Para quem quiser aderir
ao Manifesto:
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