Autor: Antonio
Barreto – Santa Bárbara/BA
Nas
praias de Salvador
Num
domingo azul-anil
Eu disse
para mim mesmo:
“O
negócio está barril !
Será que
Renan Calheiros
É o
cara do Brasil ?”
II
De MP3 na
mão
Resolvi
entrevistar
As
pessoas que chegavam
Pra tomar
banho de mar...
Não
faltou foi bom humor
Conforme
vou relatar !
III
Antes da
noite chegar
Encerrei
a entrevista
Gente de
todas as classes
Presente
na minha lista...
Então
veja o que disse
Nosso
povo ao cordelista :
IV
— Roberto
Carlos falhou,
Eu deixei
de ser seu fã !
Esse cara
tão retado
Não sou
eu, nem D. Juan,
Esse cara
na verdade
É o
Senador Renan !
V
— Se Bin
Laden fosse vivo,
Seo
Renan, que maravilha !
Mandava
dois aviões
Bem em
clima de guerrilha
Para
então bombardear
Duas
Torres em Brasília !
VI
—
Você sabe o que ele disse?
“Ética é
obrigação” !
Acredito
que o Renan
Fez
piada, meu irmão... !
Tragam
óleo de peroba
Pra ver
se tem solução !
VII
— O
Congresso aproveitou
A época
do carnaval
E elegeu
um Senador
Que não
tem nenhum aval
Tornando
nosso Brasil
Cada vez
mais imoral.
VIII
— Isso é
caso de polícia
Em
qualquer lugar do mundo
Mas
estamos no Brasil
Um
celeiro bem fecundo
De
falsário, de maluco
De bufão,
de vagabundo !
IX
— A
descaração agora
Implantada
no Senado
Vem
deixar o eleitor
Muito
mais desanimado...
Então vou
fazer humor
Para não
ficar pirado !
X
—
Deitadinho numa rede
Como um
bom samaritano
O Renan
vai criar boi
No sertão
alagoano
E
doar filé mignon
Porque é
um cabra humano!
XI
— Ficha
Suja no Brasil
Não paga
pelo que fez...
A justiça
silencia,
O cabra
faz outra vez...
Mas o
pobre logo é preso
Roubando
um pinto pedrês !
XII
— A
‘vitória’ do Renan
Me deixou
desnorteado...
Todo o
“acerto” em Brasília
Foi
deveras camuflado:
Uma
eleição secreta
Pra
eleger um condenado!
XIII
— Tudo
está no seu lugar
Seja em
verso, seja em prosa
Mas
preciso então saber
Se o
Joaquim Barbosa
Vai
entrar logo em ação
Nessa
“história”nebulosa !
XIV
— Essa
Constituição
Deve
estar de maresia
Absurdos
acontecem
Ao clarão
da luz do dia
Sangrando
covardemente
Nossa mãe
Democracia.
XV
—
Envolvido em denúncias
De tanta
corrupção
Para o
‘dono’ do Senado
Vai aqui
o meu refrão:
Viva o
senador Renan,
O herói
dessa Nação !
XVI
— Ele vai
pro Paredão
Do famoso
BBB
O
programa do Bial
Osso duro
de ‘ruê’
Que dirá
ao novo herói:
Esse cara
é você !!!
XVII
— O Renan
lá no Faustão
Será
outro show a parte
Pois o
bom ilusionista
Nunca
perde a sua arte
E o ibope
da emissora
Vai ser
alto até em Marte !
XVIII
— No
dicionário dele
Não
existe: peculato,
Falsidade
ideológica
E nem a
palavra ‘rato’
Pois o
que falaram dele
Certamente
foi boato !
XIX
— Adorei
o Sérgio Sousa
Político
do Paraná
Defendendo
o Renan
Com o
famoso bê-a-bá
De botar
a mão no fogo
E a
danada não “queimá” !
XX
—
Aguentar o tal Senado
Para mim
já é demais.
A casa tá
dominada
Por
verdadeiros feudais
Do
Maranhão, Alagoas
E desses
brasis gerais !
XXI
—
Brasília foi desenhada
Em forma
de avião
Plano
piloto, asa delta,
Uma
pizza, uma prisão
Ou quem
sabe uma escola
Para
diplomar ladrão !
XXII
— Depois
do Renan Calheiro,
Quem vai
presidir o Senado ?
Deve ser
o Tiririca
Ou
qualquer outro aloprado...
Mas o tal
Collor de Mello
Já está
engatilhado !
XXIII
— O povo
deve exigir
O
fechamento da Casa
Acender
uma fogueira
Para
transformá-la em brasa
Ou então
mandar Renan
Morar na
Faixa de Gaza !
XXIV
— De ver
um Brasil melhor
Eu perdi
a esperança
Depois
dessa eleição
Não mais
tenho confiança
Nos que
traem o eleitor
E
engordam a poupança !
XXV
— Quando
vi Renan no Trono
Muita
vergonha senti...
Perguntei
a Deus do céu:
“Isso só
acontece aqui ?
Quero ver
quem é que vai
Descascar
o abacaxi...”
XXVI
— Quem é
esse Sérgio Souza ?
Quanto
foi que ele ganhou ?
Na defesa
do Renan,
Esse
cabra delirou !
Acho que
nem ele mesmo
Bota fé
no que falou !
XXVII
— Já está
escancarada
A
porteira do Senado...
Tem
estrume e tem capim
Para
alimentar o gado,
Com
exceção de meia dúzia
De
parlamentar honrado.
XXVIII
— Depois
de tanta sujeira
Dessa
gente sem pudor
Que
engana sem escrúpulo
Seu
dileto eleitor:
Nunca
mais eu vou votar
Pra
eleger um Senador.
XXIX
— Esse
tal Renan Calheiros
O famoso
“Renangate”:
Nem com
murro, capoeira
Punhalada,
estilete
Óleo de
peroba, surra
Choque
elétrico, porrete... !
XXX
— Não foi
só Renan Calheiros,
O Sarney
tá na parada
E a corja
em geral
No
Congresso instalada
Transformando
o Senado
Numa casa
esculhambada...
XXXI
O povo de
Salvador
Não
parava de opinar
O clima
foi esquentando
Mas eu
resolvi parar
Porque me
disseram coisas
Que não
posso publicar...
XXXII
A partir
desse momento
Encerro
minha missão
De
utilizar o cordel
Pra fazer
reflexão
Pois eu
sei que muita gente
Gosta de
submissão ...
FIM
Salvador-Ba,
Carnaval de 2013.
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