sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025


CORDEL:

A LUTA É NOSSA LIÇÃO

POR NANDO POETA

  

Foto de Leilton Lima


Senhora Governadora

És fruto do movimento.

Nesta bancada da luta

Colhesse teu pensamento.

Levou chuva, sol, poeira

Dormisse em acampamento.

 

A luta sempre foi árdua

Cada dia uma batalha.

As nossas conquistas foram

Sempre no fio da navalha.

Enfrentando governantes,

Duro igual uma muralha.

 

Os ventos sopraram forte

Querendo abalar a luta.

Com o vil Geraldo Melo

Aplicando a força bruta.

A brava categoria

Teve força na disputa.

                                                                                                                               

Você era dirigente

Da nossa categoria.

Enfrentou os governantes

E a prática da tirania.

O Sindicato com a base

Numa envolvente harmonia.

 

Nas ruas marchando firme

Pelo centro da cidade

Praça Sete de Setembro

Foi palco da liberdade

De peito aberto e unidos

Contra a força da maldade.

 

Cavalaria e soldados

Reprimindo o movimento.

A greve uma forte arma

Era o nosso instrumento.

Sem baixar nunca a cabeça

Se fazia o enfrentamento.

 

Foi bem nos anos oitenta

Que a greve ecoava forte.

No Brasil Greves Gerais

Guiando, dando o suporte,

E aqui na esquina do mundo

A luta foi dando o norte.

 

Um sindicato de luta

Forjado na união.

Com todos que habitavam

Na escola, o seu chão.

Agora eram mais fortes

Com sua unificação.

 

O Sinte erguido, guiava

Funcionários, Professores

Somando o caminho da luta

Juntos com Supervisores.

No Extraclasse estampava

A luz de Orientadores.

 

Veio José Agripino

Também Garibaldi Filho

Um sindicato na luta

Nunca deixou o seu trilho,

Conduzindo as nossas vidas

Encenou com muito brilho.

 

A luta seguindo em frente

Ecoou nas eleições.

Com os dirigentes do Sinte

Eleitos nas votações.

Junior Souto e Mineiro

Fátima ganhou corações.

 

A categoria toda

Se sentiu representada

Só que a vida real

Mostrou a carga pesada.

Seus antigos dirigentes

Ficou na encruzilhada.


As batalhas não cessaram

Seja qual for o cenário.

Veio a Vilma e a Rosalba

A luta foi o rosário.

Pela a escola democrática

E por ter justo um salário.

 

E no Governo de Robson

Não foi muito diferente.

Um setor do sindicato

Foi um defensor ardente,

Dentro daquele governo

Misturou-se com a serpente.

 

E foi nessa breve história

Que a Fátima palmilhou.

Sua carreira política

Nesse Brasil despontou

E lembra que a lei do piso

Foi ela que relatou.

 

Quando um governo negava

A pagar a lei do piso.

Dizendo não ter dinheiro

Que o governo estava liso.

Fátima dizia: - É mentira

Não pagar é prejuízo.

 

Na sua voz contundente

Argumentava bem forte:

- O piso é lei, faça valer

Não pode perder o norte.

- Pague o piso, ou pague o preço

Lutaremos até a morte.

 

Foi sempre esse o recado

Muitas vezes da tribuna.

Com sua voz afiada

Na sua mão a borduna.

Mostrando que o governo

Escondia toda fortuna.

 

Agora no Executivo

Repete essa ladainha.

Que o governo não tem grana

E nem pode sair da linha.

Pisando, esmagando o piso

Mexendo na panelinha.

 

Fátima Bezerra, se ligue

Não rasgue a lei do piso.

Atenda logo essa pauta

Ponha a mão em seu juízo.

Você foi a relatora

Agora, traz prejuízo.

 

A greve foi a lição

Que você mais propagou.

Agora no seu governo

Um prato com fel provou.

Sem o piso não tem aula

Nossa assembleia aprovou.

 

A greve tem aumentado

É a nossa fortaleza.

A categoria unida

Vencerá, com a destreza

De quem segue consciente

Com força da correnteza.

 

Não aceitamos assédio

Pois é justo o movimento.

Os celetistas só querem

Ter um mesmo tratamento..

Um terço de férias e o décimo

Atrasar é um tormento.

 

Queremos que a nossa pauta

Seja logo atendida.

O Plano do Servidor

Venha logo em seguida.

A lei de Escola integral

Que seja logo parida.

 

É urgente minha gente

Ter reforma na escola,

Algumas que são entregues

Fizeram uma meia sola.

Pra nossa população

O governo não dá bola.


  Pedimos ao nosso povo

A total compreensão.

Pois a greve que fazemos

Defende a educação.

Não queremos que ela fique

Se arrastando no chão.

 

Obs: Feito em 24 de fevereiro de 2022, atualizado em 28 de fevereiro de 2025 em Natal-RN.




 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Concurso de Poesia Francisca de Assis Borges – "De Assis"
Regulamento do Concurso de Poesia de Cordel "Mulheres em Luta Contra a Opressão, a Violência Doméstica e o Feminicídio"

1. Objetivo:
O concurso tem como objetivo promover a expressão artística por meio da poesia de cordel, destacando a resistência das mulheres brasileiras contra a opressão, a violência doméstica e o feminicídio, em homenagem a Francisca de Assis Borges.

2. Tema:
As participantes deverão criar poemas de cordel que abordem o tema "Mulheres em Luta Contra a Opressão, a Violência Doméstica e o Feminicídio", reafirmando a luta das mulheres contra qualquer tipo de violência.

3. Estrutura dos Poemas:
Cada poema deverá ser composto por 8 estrofes de setilhas, respeitando a tradição do cordel.

4. Abrangência:
O concurso é aberto a mulheres de todo o território nacional.

5. Premiação:
Os três primeiros lugares serão premiados da seguinte forma:

·         1º Lugar: R$ 3.000,00

·         2º Lugar: R$ 2.000,00

·         3º Lugar: R$ 1.000,00

6. Publicação em Antologia:
Além dos três primeiros lugares, serão selecionados mais 57 poemas para compor a antologia "Mulheres em Luta".

7. Inscrições:
Podem participar mulheres a partir de 16 anos, apresentando um texto autoral inédito, composto por 8 setilhas (respeitando rima, métrica e oração). O texto deve ser digitalizado na fonte Arial, tamanho 12, em formato Word, com indicação do título e do pseudônimo. As inscrições devem ser enviadas para o email: estacaodocordel@gmail.com.
Cada participante deve pagar uma taxa de inscrição de R$ 50,00,por cada poema inscrito, através do Ponto de Memória Estação do Cordel, no Pix: 84998171692 (Fernando Antonio Soares dos Santos).

8. Premiação Adicional para Selecionados:
As 60 participantes selecionadas receberão um exemplar do livro contendo todos os poemas da antologia.

9. Organização:
O concurso será organizado pelo Ponto de Memória Estação do Cordel.

10. Prazos:

·         Período de inscrições: 01 de dezembro de 2024 a 31 de março de 2025.

·         Divulgação do resultado: 01 de maio de 2025.

·         Lançamento da Antologia "Mulheres em Luta" e premiação: Novembro de 2025, durante o 9º Círculo Natalense do Cordel.

11. Avaliação:
Os poemas serão avaliados por um júri competente, considerando criatividade, aderência ao tema e qualidade poética.

12. Considerações Finais:
Ao participar, as concorrentes concordam em ceder os direitos autorais para a inclusão na antologia.

13. Contato:
Para mais informações, entre em contato pelo email: estacaodocordel@gmail.com ou pelo WhatsApp (84) 998171692 (Nando Poeta)